Vinha navegando pelo rio abaixo, quando um jacaré se aproximo-ou, e o bote dos indiozinhos quase quase virou, mas não virou!
A partir de Paraty-mirim, você anda de barco uns 40 minutos até a entrada do mangue, que fica num certo ponto do saco do Mamanguá. Saco é uma baía bem profunda, como se fosse um U maiúsculo. No dia 1º, descemos do barco nesse ponto, montamos dentro da lanchinha a motor que vinha a reboque, e fomos em direção ao mangue. Ele começa como um rio e depois a água fica rasa e transparente, com uma vegetação super variada nas margens. É um verdão de muitos tons, temperado pelo vermelho das flores e pontas das folhas das bromélias. É um arraso de lindo. No mangue é preciso desligar o motor e ir remando, porque muitos peixes botam ovos no fundo e o motor desarruma tudo.
Remamos durante uns 40 minutos, até chegar numa trilha pelo mato, que leva às cachoeiras. Mais uns dez minutos a pé e apareceu o primeiro poço, com aquela água doce santa e uma árvore impressionante quase deitada nas pedras, vivíssima, com a raiz fincada na margem. Depois fomos pulando de pedra em pedra rio acima, até chegar a um outro poço, com duas quedas dágua pequenas e maravilhosamente revigorantes. Começar 2003 assim foi muito muito bom. Na volta da cachoeira, escorreguei nas pedras e ralei o joelho que nem criança e então voltei pra São Paulo com história pra contar.
a r q u i v o
7.1.03
Postado por
jupix
às
6:58 PM