esse assunto me intriga. outro dia vi um debate ao vivo sobre industria fonografica no canal futura -- 1 jornalista mediadora, 1 advogado da industria especializado em direitos autorais, 1 produtor musical e 1 músico de mpb que eu nao conheço.

o advogado era super bem informado e ficou calculadamente disseminando a idéia de que peer-to-peer é pirataria, mote q aliás tem sido veiculado por uma propaganda institucional apavorante que passa no cinema, feita pra intimidar aquelas pessoas fracas de cabeça que obedecem a qq frase gritada no imperativo.

o produtor musical demorou pra tomar coragem e dizer, em voz baixa, que vender um cd pirata na rua é bem diferente de trocar música peer-to-peer.

a jornalista nao conseguia enfrentar a argumentação do advogado preparadíssimo.

e o músico toda vez que abria a boca só sabia balbuciar que queria expressar suas emoções através da música e ganhar seu pão de cada dia com isso.

a pior parte foi quando o músico reclamou sobre o uso de samples de músicas dele por outros músicos e o produtor musical disse, "mas dá pra processar o cara por conta disso", e ninguem, especialmente a jornalista mediadora, mencionou as licenças do creative commons que prescrevem regras ótimas para isso, nem ninguem falou sobre a explosão criativa que o uso de samples promoveu na musica eletronica, por exemplo. argh!

eu cheguei a mandar um email pra lá falando sobre essas coisas, ja que era ao vivo o programa, mas nao foi lido. no fim do programa a jornalista disse q todo mundo q escreveu receberia resposta, mas eu nao recebi droga de resposta nenhuma.

eu fico intrigada que se compare a venda de cópias de cd com a troca de mp3 na internet. adoraria ver uma pesquisa que mostrasse quantas pessoas que baixam música na internet vendem as musicas.

e tambem sempre se taxa de criminoso o ambulante q vende cd pirata na sua barraca, mas nunca se discute pra valer o fato de que o cd é carissimo e que as pessoas que nao tem grana também querem ouvir musica, e nao só carregar pedra na construcao civil.